Dia das Crianças: qual o público certo?
Dia das Crianças: qual o público certo?
Não é novidade para comerciantes, empresas e profissionais de marketing que trabalham com produtos infantis que, desde 2014, está proibida a publicidade voltada às crianças. Sendo assim, o que fazer para continuar propagando produtos voltados a este público sem ferir esta medida legal? Sim, é possível… Vamos ver como!
A lei da publicidade infantil
“Resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, vinculada à Secretaria de Diretos Humanos da Presidência da República, considera abusiva e ilegal qualquer publicidade voltada para crianças. De acordo com a norma, publicada em 4 de abril (de 2014), a mensagem pode continuar existindo, mas tem que ser dirigida exclusivamente para adultos.”
(Matéria do Jornal do Senado: Medida proíbe publicidade dirigida ao público infantil)
Como você pode notar neste texto do Jornal do Senado, a proibição está na abordagem que leva ao público infantil. Mas isso não impede que publicidade sobre produto infantil continue existindo, desde que seja dirigida aos adultos. Isso significa que há a necessidade de uma construção de estratégia de marketing voltada aos pais, tios, avós, padrinhos, irmãos e amigos mais velhos… Enfim, a todos os públicos que tenham ligação com uma criança e, em algum momento, pode presenteá-la; e não só aos pais, como costumam dizer. A questão principal é que antes o marketing era feito em dois níveis, e agora passou a ser só em um.
O que mudou em estratégia de marketing
O que se tinha anteriormente à proibição da propaganda infantil era (indiretamente) um modelo de “push” (“uso da força de vendas e de atividades promocionais para criar a procura de um produto ou serviço”, segundo o WikiMarketing). Assim, em um primeiro momento, havia a “venda da ideia” à criança, que criava uma procura pela aquisição do produto da parte dos seus responsáveis legais/financeiros ou quaisquer pessoas ao seu redor com poder aquisitivo.
Atualmente, este modelo se simplificou. Assim, a publicidade tem que ir diretamente aos responsáveis financeiros pelas crianças, poupando todo o esforço infantil neste sentido. Claro que, você pode estar pensando, é muito mais fácil conquistar a criança para vendê-la produtos que ela quer consumir do que alguém que vai presentear. Mas se engana ao raciocinar desta forma.
Trabalhar com publicidade voltada a presentes em datas comemorativas (ou para qualquer outro momento de lembrança da criança e vontade de lhe dar um presente ou optar pela sua marca na compra de um artigo de necessidade) é como fazer propaganda para namorados se presentearem, filhos às mães e aos pais, familiares entre si, amigos… Claro que existem datas para cada tipo de confraternização. Mas não são só nelas que o consumo para presente existe, certo?
Publicidade para o Dia das Crianças
Considerando todo o histórico e discussões aqui apresentadas, você pode se perguntar: quem é o meu público para o qual vou dirigir produtos e serviços infantis? Eu diria que são vários! Escolha um de cada vez para focar em determinada ação, seja no dia das crianças, no Natal, ou em todo o ano. E se o fator encantamento era o carro-chefe para conquistar os pequenos com a publicidade anteriormente permitida, mude agora para o fator emocional. Não se fala de amor no Dia dos Namorados, dos Pais, das Mães etc.? Não se fala de família no Natal? E de amizade para festas de fim de ano? Então, sobre o que você vai falar com os pais? Que tal sobre as etapas do desenvolvimento infantil? E para os irmãos mais velhos sobre companheirismo…
Vamos tentar enxergar a proibição da publicidade infantil como uma oportunidade de oferecer aos pequenos não o que eles querem, mas o que eles precisam e podem se beneficiar, de acordo com a ótica das pessoas que mais os amam e os querem bem, que são, principalmente, seus pais e outros familiares.
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